O sócio-diretor da Distribuidora de Tecnologia do Brasil (Dtec), Rubens Fileti, afirmou, nesta terça-feira (9/5), que a empresa não recebeu nenhum valor referente ao contrato de R$ 11 milhões firmado com Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Fileti foi ouvido por vereadores de Goiânia que compõem a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Comurg. Este é o segundo contrato assinado com a companhia e do primeiro contrato, a empresa recebeu até o momento, cerca de 4,3 milhões.
O contrato de maior valor, R$ 11,3 milhões prevê implantação do sistema que tornaria digitais processos que hoje são apenas manuais, em papel, em toda a operação interna da Companhia como a manutenção de veículos, controle de estoque e ordens de serviço, entre outros.
A previsão é de execução ao longo de três anos, mas qualquer recebimento dependeria da comprovação de serviços efetivamente realizados. Ou seja, o valor indicado seria o máximo possível ao longo de 36 meses. No entanto, o contrato assinado há 7 meses ainda não teve execução iniciada, já que a direção da Comurg ainda não assinou a ordem de serviço.
“São duas licitações diferentes e um objeto não tem relação com o outro. O primeiro edital foi pra folha de pagamento. O segundo, se tivesse encaminhado, já teria inclusive respondido muitas perguntas que hoje são feitas pela CEI. É um contrato de gestão da companhia e não foi executado. Ou seja, ganhamos, não recebemos nenhum centavo e já tivemos um investimento de mais de 400 mil na empresa”, completou Fileti.
Rubens Fileti também afirmou que a empresa possui clientes não apenas no Brasil, mas na América Latina e também em Portugal, tanto na área pública quanto na área privada. “Somos especialistas em folha de pagamento e gestão empresarial. O sistema hoje da Comurg é o mesmo da Petrobras, Vale e outras empresas robustas”, finalizou.
O vereador Henrique Alves (MDB) questionou se ainda há interesse na prestação do serviço do segundo contrato, que ainda não foi iniciado. “Não há aqui um favorecimento, mas um prejuízo para a empresa que foi contratada para prestar o serviço e que poderia inclusive ser benéfico para a gestão pública”, acrescentou.
“Temos todo o interesse de continuar. Além de ter sido uma licitação difícil de ganhar, é também um projeto que pode auxiliar o setor público em transparência”, disse Fileti.
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